Washington, 22 jul (EFE).- O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira por 51 votos a 46 o projeto republicano de lei conhecido como "Cortar, controlar, limitar", que propunha cortes radicais nas despesas públicas e uma emenda constitucional para impor orçamentos equilibrados como condições para elevar o teto do endividamento do país.
A proposta, apoiada pelos setores mais radicais do movimento conservador Tea Party, era uma demonstração de força do partido republicano na Câmara de Representantes, onde recebeu sinal verde na última terça-feira, já para ser aprovada precisava passar pelo Senado, que conta com maioria democrata.
O próprio presidente americano, Barack Obama, a qualificou como "proposta vazia" e indicou que se chegasse à Casa Branca para ser ratificada, seria vetada.
A votação acontece em meio a difíceis negociações entre democratas e republicanos para elevar o limite da dívida dos EUA, que está estabelecido em US$ 14,29 trilhões e que se esgotará em 2 de agosto.
Nessa data, de acordo com o Tesouro americano, o governo ficará sem fundos para arcar com todas as suas obrigações financeiras e terá que se declarar em moratória parcial.
A menos de dez dias do fim do prazo, Obama fez um apelo aos líderes de ambos os partidos para que cumpram com sua "responsabilidade" e cheguem a um acordo, já que as consequências da declaração de moratória seriam "catastróficas" para a economia nacional e internacional.
Nesta sexta-feira, o presidente americano deve se reunir novamente com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, para prosseguir com as negociações em torno de um plano de redução do enorme déficit do país que permita, paralelamente, elevar o teto da dívida. EFE