Investing.com - A Petrobras tem potencial de valorização de 80% nas ADRs negociadas na bolsa de Nova York, segundo análise do Morgan Stanley (NYSE:MS). O banco reafirmou sua recomendação de overweight e preço alvo de US$ 16 para os papéis.
O papel (NYSE:PBR) cai hoje 2,7% acompanhando o movimento de venda do petróleo no mercado internacional após a decisão da Opep sem novidades e vai a US$ 8,85.
Em outubro de 2016, quando o otimismo com a solução da crise política após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a esperança da aprovação rápida das reformas no Congresso, o papel alcançou de US$ 12,55, máxima desde o momento pré-eleitoral de 2014. O patamar sinalizava uma recuperação de 4,6 o valor mínimo de US$ 2,17 no auge da crise em janeiro de 2016.
Desde outubro, o papel vem cedendo mês a mês, e devolveu 30% de seu valor.
Longo prazo não está precificado
Os analistas acreditam que as ADRs da companhia estão subvalorizadas por causa da crise política que atinge o governo brasileiro, controlador majoritário. Desde a publicação da conversa do presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista, parte da delação premiada da JBS (SA:JBSS3), o papel afundou 15% nos EUA.
Segundo os analistas Bruno Montanari e Madalena Carmona e Costa que assinam relatório, os fundamentos de longo prazo e a geração de valor da companhia não estão corretamente precificados pelo mercado, que ainda olha para o impacto da política na empresa.
Com a aposta de US$ 55 a US$ 60 no preço de petróleo e o plano de desinvestimento de US$ 21 bilhões, a relação da dívida líquida e Ebitda poderá voltar ao patamar saudável de 2,5x em 2018. A projeção é que cada 100 mil barris/dia a mais produzido pela Petrobras em seu plano de crescimento poderá contribuir com US$ 1 bilhão em geração de caixa anual.
Ação cai no Brasil
A ação preferencial cede 2% depois de passar da manhã em alta acompanhando o otimismo local. Mais cedo, a companhia informou que exercerá direito de preferência em três dois oito blocos no pré-sal que serão leiloados neste ano.