BAMAKO (Reuters) - Uma menina de 2 anos, que se tornou o primeiro caso confirmado de Ebola no Mali, morreu no oeste do país, disse uma autoridade de saúde local nesta sexta-feira, pouco depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertar que ela pode ter exposto muitas pessoas à doença por ter viajado pelo país já doente.
A menina havia viajado centenas de quilômetros com a avó de ônibus partindo da Guiné e passando pela capital do Mali até a cidade de Kayes, no oeste do país, onde foi diagnosticada na quinta-feira. As autoridades correm para rastrear as centenas de contatos em potencial como forma de evitar que o Ebola se alastre no Mali.
O pior surto de Ebola já registrado matou pelo menos 4.900 pessoas, a maioria na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné. Uma reação global à epidemia está sendo orquestrada, mas especialistas alertam que dezenas de milhares de pessoas a mais estão em risco.
A fonte de saúde, que pediu para não ser identificada, disse que a menina morreu em um centro de tratamento na cidade de Kayes por volta das 14h (horário de Brasília).
Duas autoridades do governo, que solicitaram anonimato, confirmaram a informação, mas não houve declaração oficial. Oumar Sylla, morador de Kayes, afirmou que rádios locais estão noticiando a morte dela.
O Mali é a sexta nação do oeste africano a registrar casos de Ebola. Senegal e Nigéria tiveram sucesso na contenção de surtos e foram declarados livres da doença. Estados Unidos e Espanha estão tratando de alguns casos.
(Por Adama Diarra e Tiemoko Diallo; com reportagem adicional de David Lewis)