Lisboa, 9 set (EFE).- Um tribunal de Portugal proibiu hoje a
venda do livro do ex-inspetor Gonçalo Amaral que acusa os pais da
menina inglesa Madeleine McCann, Kate e Gerry, de envolvimento em
uma suposta morte da filha, desaparecida desde maio de 2007.
A decisão cautelar do Tribunal Civil de Lisboa, divulgada hoje,
favorece o casal de médicos britânicos, que sempre defendeu sua
inocência e foi absolvido por falta de provas em relação às
suspeitas levantadas pela Justiça portuguesa.
A medida prevê o recolhimento de todos os exemplares da obra,
publicada há mais de um ano, que estejam à venda ou armazenados e
proíbe o autor e os editores que comentem ou divulguem seu conteúdo.
Os McCann processaram Amaral na Justiça portuguesa pelas
acusações formuladas em seu livro, intitulado "Maddie: a Vergonha da
Mentira", que aponta uma conspiração dos pais de Madeleine e seus
amigos para encobrir uma hipotética morte e ocultação do cadáver da
menina.
Amaral dirigiu os primeiros meses de investigação do caso até
que, pressionado por suas críticas à imprensa e às autoridades do
Reino Unido, renunciou e se aposentou antecipadamente.
Madeleine desapareceu em 3 de maio de 2007, pouco antes de
completar 4 anos de idade, do apartamento no qual passava férias com
seus pais e dois irmãos mais novos na região portuguesa do Algarve.
A Justiça do país encerrou o caso em 2008 por falta de indícios
relevantes sobre seu paradeiro. EFE