Bruxelas, 16 jun (EFE).- Vários líderes da União Europeia (UE)
apoiaram hoje a Espanha e avaliaram seu plano de ajuste fiscal, com
críticas aos rumores dos últimos dias que prejudicaram a imagem do
país nos mercados financeiros.
O primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do Eurogrupo,
Jean-Claude Juncker, disse que o programa de consolidação
orçamentária da Espanha é "muito sério e valente".
Apesar disso, Juncker reconheceu que circulam rumores nos
mercados financeiros "muito pouco amistosos" à Espanha.
O chanceler austríaco, Werner Faymann, se mostrou a favor de
criar uma agência de classificação de risco europeia para lutar
contra os rumores econômicos.
"Parto da base de que não há motivos para preocupação com a
Espanha", afirmou Faymann à imprensa.
Já a chanceler alemã, Angela Merkel, disse ser preciso "encorajar
a Espanha" para que continue com o esforço econômico empreendido,
porque "este é o caminho a ser seguido".
Merkel, em declarações ao chegar a uma reunião prévia à cúpula da
UE de amanhã, disse que "esta semana é decisiva para reforçar a
competitividade depois dos muitos esforços que os países fizeram"
nos últimos meses "para dar mais estabilidade às suas finanças".
O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, questionado sobre a
reação dos mercados financeiros às notícias sobre a Espanha e outros
países do bloco europeu, apontou que há alguns Estados-membros que
têm "muito déficit", o que gera "reações nervosas".
O presidente do banco central espanhol, Miguel Ángel Fernández
Ordóñez, disse hoje em Madri que será divulgado o resultado dos
testes feitas para determinar a solvência de bancos e cooperativas
no futuro, para que os mercados entendam "perfeitamente" a situação
do sistema financeiro do país. EFE