SÃO PAULO (Reuters) - O grupo BR Home Centers, que administra lojas de materiais para construção, pediu registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o diretor de relações com investidores da companhia, Guilherme Aguinaga, o plano é pedir registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) logo que as condições de mercado melhorem.
"Será uma oferta exclusivamente primária (de ações novas) para financiar a expansão da empresa", disse Aguinaga, da família que detém 50 por cento do capital. A outra metade das ações é detida pela gestora carioca Leblon Equities.
Criada em 2010, a empresa se apresenta como a quinta maior do ramo no país e opera sob as marcas Tend Tudo, de Goiânia, cidade sede do grupo; e Casa Show, do Rio de Janeiro.
O grupo, que tem 26 lojas e sete centros de distribuição, fechou 2014 com uma receita líquida de 637 milhões de reais.
A captação de recursos com venda de ações vem a público cerca de dois anos após a BR Home Centers ter chegado a contratar assessoria financeira para busca de um investidor estratégico. "Houve conversas, mas elas não prosperaram", disse Aguinaga.
Além da BR Home Centers, a empresa de soluções de tecnologia para o setor financeiro BRQ também aguarda aprovação da CVM para ter o registro de companhia aberta.
Simultaneamente, o governo federal já sinalizou que pretende listar na bolsa as ações da Caixa Seguridade, que reúne as participações no mercado de seguros da Caixa Econômica Federal, da resseguradora IRB Brasil Re. Na semana passada, a Petrobras (SA:PETR4) informou que pretende vender no mercado ações de sua subsidiária BR Distribuidora.
(Por Aluisio Alves)