Redação Central, 30 mai (EFE).- O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, afirmou nesta segunda-feira que no e-mail que enviou ao vice-presidente da entidade, Jack Warner, no qual falava da candidatura do Catar à Copa do Mundo de 2022, não havia "nenhuma referência a compra de votos ou a um comportamento antiético".
"Quando me referia ao Mundial nesse email, o que quis dizer é que a candidatura vencedora utilizava sua força financeira para fazer lobby a seu favor. Era uma candidatura com um grande orçamento, utilizado para promovê-la por todo o mundo de uma maneira muito eficiente", afirmou Valcke.
O secretário-geral da Fifa se manifestou dessa forma em comunicado divulgado após o trinitino Jack Warner tornar público um e-mail que enviou no qual sugeria que o Catar havia comprado a eleição para sede do Mundial de 2022.
"Quero esclarecer que não há nenhuma investigação aberta na Fifa em relação à escolha do Catar como sede da Copa de 2022", acrescentou Valcke, que também negou ter influído o Comitê Ético da Fifa para que suspendesse neste domingo provisoriamente Warner e o catariano Mohammed bin Hamman por descumprir o código ético da entidade no processo eleitoral no qual o segundo era adversário de Joseph Blatter.
"É totalmente incorreto e muito decepcionante dizer que tenho influência sobre o Comitê de Ética da Fifa e seus procedimentos. Nunca participei de nenhuma das reuniões de seu Comitê, e conheci seu presidente Petrus Damaseb pouco antes da entrevista coletiva de ontem à noite na sede da Fifa", disse Valcke. EFE