Johanesburgo, 18 jun (EFE).- O barulho das vuvuzelas, os
caprichos da bola Jabulani, a escassez de gols e as arquibancadas
vazias em alguns jogos marcaram a primeira semana da Copa do Mundo
da África do Sul.
Desde o dia 11, quando África do Sul e México deram o pontapé
inicial do Mundial no estádio Soccer City, em Johanesburgo, houve
tempo suficiente para que qualquer fã de futebol ao redor do mundo
passasse a conhecer as polêmicas e ruidosas vuvuzelas, presença fixa
em todas as partidas da Copa.
Enquanto a Fifa aceita e apoia o uso das vuvuzelas, algumas
emissoras de televisão, especialmente na Europa, estudam uma forma
de transmitir os jogos sem que os espectadores sofram com o barulho.
Além da vuvuzela, a bola Jabulani também dividiu opiniões. Antes
da Copa, alguns goleiros a chamaram de bola "de supermercado". Erros
como o do inglês Robert Green na partida contra os Estados Unidos
também foram atribuídos à bola.
Na contramão dos detratores, o técnico da seleção anfitriã, o
brasileiro Carlos Alberto Parreira, declarou que gosta da bola e das
vuvuzelas.
Apesar das confusões proporcionadas pela bola, o número de gols
decepcionou. Só na última quinta-feira as torcidas puderam vibrar um
pouco mais, com dez tentos em três jogos - a Argentina venceu a
Coreia do Sul por 4 a 1; a Grécia superou a Nigéria por 2 a 1; e o
México bateu a França por 2 a 0.
A lotação dos estádios também não foi o forte deste início de
Mundial. Antes do início da Copa, a Fifa confirmou que 97% dos
lugares haviam sido vendidos, mas as imagens da televisão mostram
que os vazios nas arquibancadas vão além dos 3% das entradas não
adquiridas.
Também chamou a atenção o truque publicitário de uma cervejaria
holandesa para aproveitar um torneio do qual não foi patrocinador
oficial no jogo entre Holanda e Dinamarca, obrigando a Fifa a adotar
ações legais.
Os espectadores do jogo, por outro lado, não pareceram
incomodados, já que puderam presenciar quase 40 modelos com uma
sugestiva minissaia laranja. EFE