Por Anthony Esposito
SANTIAGO (Reuters) - Para Ian Harting, dançarino e coreógrafo de 29 anos, votar na eleição altamente dividida do Chile no final de semana passado parecia uma questão de vida ou morte para ele, enquanto homem gay.
A vitória enfática do progressista de esquerda Gabriel Boric sobre o ultra-conservador Jose Antonio Kast o deixou eufórico.
O advogado de 55 anos derrotado nas urnas é contrário ao casamento gay, ao aborto e ao contraceptivo de emergência conhecido como "pílula do dia seguinte", além de defender a ditadura do General Augusto Pinochet, que aconteceu entre 1973 e 1990.
Após sua vitória eleitoral, Boric, de 35 anos de idade, presidente eleito democraticamente mais jovem do Chile, discursou diante de um mar de apoiadores que encheram as ruas do centro de Santiago: quadra após quadra, bandeiras coloridas LGBTQIA+, de movimentos feministas e indigenistas Mapuche eram vistas tremulando em meio à multidão.
Boric explicou seus planos amplos para unir o país, mencionando os direitos dos povos indígenas, a igualdade de gêneros e o meio ambiente. Ele também prometeu responsabilidade fiscal e estímulos à economia.
(Reportagem de Anthony Esposito)