Por Rohith Nair e Fernando Kallas
AL KHOR, Catar (Reuters) - O meio-campista francês Antoine Griezmann provou mais uma vez que é um grande jogador de equipe com outra grande atuação para ajudar a guiar sua seleção à segunda final consecutiva de Copa do Mundo nesta quarta-feira, com a vitória por 2 x 0 sobre o Marrocos.
Gols de Theo Hernandez e Randal Kolo Muani fizeram a diferença para a França, mas foi a combinação de força e inteligência de Griezmann em ambos os lados do campo que chamou a atenção.
O meia do Atlético de Madrid não marcou um único gol na Copa do Mundo no Catar, mas criou várias chances ao mesmo tempo em que criou espaços e quebrou jogadas dos adversários.
O meio-campista francês Paul Pogba, que está fora da Copa por lesão, chegou a sugerir no Instagram que Griezmann estava jogando como o volante N'Golo Kante --outro desfalque francês no Mundial--, depois de outra atuação de gala contra o Marrocos, que rendeu ao atacante o prêmio de melhor jogador.
“Me sinto bem nas pernas, na cabeça... O trabalho que fiz nas férias e depois no Atleti me fez bem, era o que eu precisava. Procuro ajudar o time o máximo possível, como sempre", disse Griezmann.
“O Marrocos me impressionou esta noite, eles se armaram muito bem taticamente e defensivamente. No segundo tempo eles criaram muitas oportunidades”, analisou.
“Marcar um gol cedo tornou as coisas mais fáceis para nós e o segundo nos deixou mais à vontade. Foi um jogo difícil que se resumiu a pequenos detalhes. Vamos tentar aprender com isso."
A vitória garantiu uma final de dar água na boca contra a Argentina de Lionel Messi, que será disputada no estádio Lusail, no domingo.
“Qualquer time com Messi é uma proposta diferente. Vimos a Argentina jogar, sabemos como eles jogam, é um time difícil de jogar e está em sua melhor forma", disse Griezmann.
"Eles têm uma equipe forte montada em torno de Messi. Sabemos que eles terão muito apoio da torcida. Vamos ver onde podemos prejudicá-los e como podemos nos defender contra eles. Estaremos bem preparados”.
“Podemos fazer história, mas ainda há um longo caminho a percorrer, 90 minutos ou mais. É preciso manter os pés no chão".
(Reportagem de Rohith Nair em Al Khor, Catar)