Por Sam Boughedda
Investing.com - A queda das ações da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) já se estendeu demais, afirmaram os analistas do Jefferies, que mostraram otimismo com as vantagens da inteligência artificial (IA) do Google.
O Jefferies ouviu um especialista em IA que enfatizou que os grandes modelos de linguagem baseados na tecnologia eram altamente dependentes de dados de qualidade, área em que o Google teria grande liderança, com base no amplo uso dos seus serviços de Buscas, Chrome e Android.
Os analistas reiteraram a recomendação de compra e o preço-alvo de US$ 130 nas ações da Alphabet em uma nota emitida aos clientes.
Uma das principais lições da reunião do Jefferies foi que o Google se destaca em grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês).
“O GOOGL escreveu um artigo de pesquisa muito importante sobre o conceito de transformador, responsável pela criação das últimas arquiteturas de LLM e IA gerativa. [...] O GOOGL possui suas próprias LLMs, inclusive BERT (baseado em 340 milhões de parâmetros), LaMDA (137B) e PaLM (540B), em comparação com o GPT-3 da OpenAI (175B; o ChatGPT baseia-se no GPT-3,5)”, explicaram os analistas.
“Mas os bons LLMs dependem mais de dados de qualidade, área em que o GOOGL tem uma enorme vantagem”, acrescentaram. “Nosso especialista enfatizou que, independente de qual seja o modelo de LLM, este precisa ser treinado com base em dados de qualidade, e é aí que o GOOGL se destaca, em vista do seu maciço volume de requisições de buscas, além do fato de o Chrome ser o principal navegador de internet do mundo, ao lado do sistema operacional móvel Android”.
Eles também explicaram que o Google se destaca em processamento e ingestão de dados. Por outro lado, a OpenAI foi treinada com base em um conjunto limitado de dados publicamente disponíveis.
Com isso, o Jefferies acredita que a mudança dos consumidores será difícil e esperam uma alteração das receitas no futuro próximo, à medida que o GOOGL vai revelando suas vantagens substanciais em IA.
Os estrategistas do banco concluíram que o recuo de 12% nas ações da companhia nos últimos dois pregões já se estendeu demais, e o múltiplo de 9,8x o EV/EBITDA, quase 7x o fundo de 15 anos, é um ponto atraente de entrada.