Investing.com – Após a B3 (BVMF:B3SA3) divulgar seu guidance para o ano que vem, analistas elogiaram a perspectiva de payout da companhia, mas ponderaram que o momento indica fraqueza nos volumes, dos quais a empresa do setor financeiro possui forte dependência. Enquanto a distribuição de lucro líquido deste ano está estimada entre 110% e 140%, a do próximo ano gira em torno de 90% a 120%.
Os investimentos, por sua vez, são projetados entre R$200 e R$280 milhões em 2024, enquanto somariam entre R$200 milhões e R$290 milhões neste ano.
Segundo o banco BTG (BVMF:BPAC11), os indicadores previstos para o ano que vem vieram piores do que era esperado pelos analistas. “No geral, com exceção do guidance de payout, os dados vieram eram um pouco mais fracos do que temos em nosso modelo”, destacam os analistas, que ponderam que o investimento em 2024 permanece estável em relação ao ano anterior, mas 30% superior ao estimado pelo banco. “Do lado positivo, o payout de 105% (no ponto médio) é superior aos 90% que temos em nosso modelo”, pondera o BTG.
O BTG possui recomendação neutra para as ações da B3, após rebaixamento recente, com preço-alvo de R$14. Mesmo assim, elogia a diversificação, margens fortes, fluxo de caixa e destaca o fato de ser o player dominante em seus segmentos de atuação.
O banco enxerga no momento potencial de valorização superior em XP (BVMF:XPBR31), além de BR Partners (BVMF:BRBI11) e Vinci Partners (NASDAQ:VINP).
A XP também considerou a projeção de desembolsos como saudável, “tendo em conta o ambiente macroeconômico difícil previsto para o próximo ano”. Ainda assim, pondera que a B3 segue dependente dos volumes de ações, que tendem a demonstrar fraqueza ainda pela frente.
A XP avaliou o guidance para o próximo ano mais ou menos em linha com as projeções. “Os volumes continuam a ser fracos, e o potencial fim do Juros sobre o Capital Próprio (JCP) poderia ter um impacto maior na B3 em comparação com outros nomes em nossa cobertura. Além disso, existe uma preocupação crescente com os novos operadores que podem intensificar a ameaça competitiva para a B3”, alerta a XP, que também prefere outras companhias no segmento do mercado e capitais e tem indicação neutra, com preço-alvo de R$13,6.
Às 16h54 (de Brasília) desta segunda, 11, as ações da B3 subiam 2,58%, a R$13,89.