(Reuters) - O treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, pediu uma política de tolerância zero contra o recorrente "problema de racismo" da LaLiga após novos atos racistas dirigidos ao atacante Vinicius Júnior.
Na quinta-feira, Vini Jr pediu à UEFA, órgão dirigente europeu, que tome medidas contra os supostos cantos racistas dirigidos a ele por torcedores do Atlético de Madrid e do Barcelona.
O Real Madrid também apresentou uma queixa ao Ministério Público por crimes de ódio e discriminação, informou o clube LaLiga na sexta-feira.
O jogador brasileiro foi alvo de abusos racistas em diversas ocasiões durante partidas na Espanha, o que levou a uma série de campanhas locais e internacionais, incluindo a criação de um comitê especial anti-racismo da FIFA.
"O problema está aí, eu acredito que está. Não vou mudar minha opinião sobre o racismo na LaLiga”, disse Ancelotti aos repórteres na sexta-feira.
Vini Jr. também foi vítima de abuso racial no ano passado, quando jogava no Valencia. Vários jogadores foram presos após esse incidente, e o Valencia baniu quatro pessoas para sempre.
"Acho que o Valencia reagiu muito bem após o episódio (de racismo). São os outros que precisam agir agora. Quando falamos de tolerância zero, é para nós e para todos", disse Ancelotti.
"Acho que é necessário agir e erradicar esses problemas. São coisas muito feias que afetam todos em nossa sociedade. Os criminosos (que perpetuam o racismo) não deveriam estar nas ruas, deveriam estar em outro lugar."
O Brasil jogará um amistoso contra a Espanha no Bernabeu em 26 de março como parte de uma campanha antirracismo em apoio ao atacante do Real Madrid.
(Reportagem de Shifa Jahan, em Bengaluru)