CONDADO DE NANDI, Quênia (Reuters) - A corredora olímpica de longa distância Agnes Tirop, estrela em ascensão no cenário altamente competitivo do atletismo do Quênia, foi enterrada neste sábado, em um funeral ao qual 1 mil pessoas compareceram.
Tirop foi encontrada morta a facadas em sua casa na cidade de Iten, no Vale do Rifte, em 13 de outubro, um incidente que destacou a violência contra mulheres no Quênia.
O seu funeral foi realizado no dia em que ela completaria 26 anos. Os presentes, incluindo colegas atletas, fizeram filas para depositar flores no caixão branco. Uma foto de Tirop, sorrindo e segurando uma medalha de bronze, foi colocada em cima do caixão.
"Nós quenianos perdemos uma heroína", disse Hellen Oibiri, campeã mundial dos 5 mil metros e mentora de Tirop. "Eu disse a ela que, em 2022, ela tinha que defender meus títulos e representar o nosso país", afirmou Obiri, com lágrimas nos olhos.
A polícia prendeu o marido de Tirop, Ibrahim Rotich, na cidade costeira de Mombaça na semana passada. Ele foi denunciado como suspeito pelo seu assassinato. Nem Rotich e nem seus representantes fizeram comentários públicos sobre o caso.
No mês passado, Tirop quebrou o recorde mundial feminino dos 10 km. Ela conquistou a medalha de bronze nos Mundiais de 2017 e 2019 nos 10 mil metros.