Por Will Dunham
(Reuters) - Alan Arkin, um ator norte-americano versátil e prolífico que prosperou em papéis cômicos e dramáticos e ganhou um Oscar por interpretar um avô usuário de heroína no filme de 2006 "Pequena Miss Sunshine", morreu aos 89 anos, informou a Variety nesta sexta-feira, citando um declaração de sua família.
Arkin morreu em sua casa em Carlsbad, no Estado da Califórnia, na quinta-feira, informou a Variety. A Reuters não pôde confirmar imediatamente sua morte.
“Nosso pai era uma força da natureza excepcionalmente talentosa, tanto como artista quanto como homem. Um marido amoroso, pai, avô e bisavô, ele era adorado e sentiremos muita falta”, escreveram os filhos de Arkin, Adam, Matthew e Anthony, em uma declaração conjunta à People.
Arkin trabalhou em dezenas de filmes, foi indicado ao Oscar quatro vezes e ganhou o Tony Award, a principal honraria da Broadway, em 1963 por seu primeiro grande papel no palco em "Enter Laughing", de Carl Reiner.
Seu primeiro grande papel no cinema também lhe rendeu uma indicação ao Oscar -- Melhor Ator por interpretar um marinheiro soviético na comédia da Guerra Fria de 1966 "Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!".
Arkin foi inicialmente recusado para o papel de "Pequena Miss Sunshine", que acabou lhe rendendo o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, porque os diretores o consideravam saudável demais. O personagem era um avô desbocado de 80 anos, frágil e trêmulo devido aos anos de abuso de drogas e mau comportamento.
"É a melhor rejeição que já tive na minha vida, eles pensaram que eu era muito viril", disse Arkin, flexionando seus bíceps e fazendo uma pose de homem musculoso durante uma entrevista de 2007 para o The New York Times.
Arkin teve uma atuação dramática memorável como um assassino psicopata no filme "Um Clarão nas Trevas", de 1967, contracenando com Audrey Hepburn. Mais tarde, ele disse que odiava as cenas em que seu personagem aterroriza Hepburn, dizendo: "Não gostei de ser cruel com ela. Isso me deixou muito desconfortável".
Arkin foi elogiado por sua atuação no thriller de 2012 "Argo", que conta a história real de uma missão da CIA para libertar seis norte-americanos no Irã, que foram disfarçados como membros da equipe de um suposto filme sobre alienígenas. O filme do diretor Ben Affleck ganhou o Oscar de Melhor Filme.
O ator permaneceu notavelmente ativo no cinema e na televisão até os 80 anos. Ele ganhou elogios e indicações ao Emmy pela série de TV "O Método Kominsky", também estrelada por Michael Douglas, que estreou em 2018.