Por Jarrett Renshaw
WILMINGTON (Reuters) - O presidente Joe Biden viajou neste domingo para uma cidade do Texas para confortar familiares após o maior massacre já registrado em uma escola dos Estados Unidos em uma década em meio a questionamentos sobre se a falha da polícia em não agir rapidamente teria contribuído para um número maior de vítimas.
O papel de Biden como consolador-chefe será bastante difícil, uma vez que há descontentamento e raiva dos locais por conta da decisão da polícia em Uvalde, Texas. As forças de segurança permitiram que o atirador permanecesse em uma sala de aula por quase uma hora enquanto os policiais esperavam no corredor e as crianças dentro do local pediam desesperadamente por ajuda.
No sábado, os investigadores estavam tentando determinar como erros críticos foram cometidos na resposta das forças de segurança ao massacre que deixou 19 alunos e dois professores da Robb Elementary School mortos, e há inclusive pedidos para que o FBI, a polícia federal dos EUA, investigue as ações policiais.
Biden deverá visitar um memorial erguido na escola e se reunir com as famílias das vítimas, sobreviventes e socorristas.
"Ele precisa se concentrar na dor e no luto das famílias e da comunidade e entender que tudo isso foi agravado pelo fato de ainda não sabermos exatamente o que aconteceu. Quanto mais detalhes são revelados, mais parece que as crianças foram mal atendidas", disse Karen Finney, estrategista democrata e porta-voz da campanha presidencial de Hillary Clinton em 2016.
O presidente democrata também enfrenta a dura realidade de que ele tem sido relativamente impotente para impedir a ação de atiradores nos EUA ou convencer os republicanos de que um controle mais rígido sobre armas pode conter a carnificina.