ZURIQUE (Reuters) - O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, criticou a decisão da entidade máxima do futebol mundial de realizar a Copa do Mundo em seis países de três continentes.
Marrocos, Espanha e Portugal foram nomeados anfitriões do torneio de 2030, enquanto Uruguai, Argentina e Paraguai também sediarão os jogos de abertura para marcar o centenário do torneio, disse a Fifa num anúncio surpresa na quarta-feira.
A decisão foi criticada por Joseph Blatter, que foi presidente da Fifa de 1998 a 2015, antes de ser forçado a sair após uma investigação de corrupção.
"É um absurdo destruir o torneio desta forma", disse Blatter ao jornal suíço SonntagsBlick.
“A Copa do Mundo deve ser um evento compacto”, disse ele, acrescentando que isso é importante para a identidade do evento, para a organização e para os visitantes.
Blatter, que já foi uma das figuras mais poderosas do futebol, já havia criticado a Fifa por ter concedido o torneio de 2022 ao Catar, dizendo que o país do Oriente Médio era muito pequeno.
O ex-dirigente de 87 anos declarou que o torneio de 2030 deveria acontecer na América do Sul, marcando o 100º aniversário do primeiro evento organizado e vencido pelo Uruguai.
“Por razões históricas, a Copa do Mundo de 2030 deveria pertencer exclusivamente à América do Sul”, disse ele ao jornal.
(Por John Revil)