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Brasil afunda porta-aviões desativado no Atlântico

Publicado 04.02.2023, 12:22
Atualizado 04.02.2023, 13:45

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil afundou um porta-aviões desativado no Oceano Atlântico ao largo de sua costa nordeste, disse a Marinha do Brasil, apesar das advertências de ambientalistas de que o enferrujado navio francês dos anos 1960 poluiria o mar e a cadeia alimentar marinha.

O cargueiro de 32.000 toneladas estava flutuando no mar há três meses desde que a Turquia recusou sua entrada para ser sucateado lá porque era um risco ambiental e o navio foi rebocado de volta ao Brasil.

O porta-aviões foi afundado em um "naufrágio planejado e controlado" no final da tarde de sexta-feira, informou a Marinha em um comunicado.

"O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica

ao Estado brasileiro", diz o comunicado.

O casco do São Paulo foi afundado em águas jurisdicionais brasileiras a 350 quilômetros (217 milhas) da costa, onde o mar tem 5.000 metros de profundidade, local escolhido para mitigar o impacto na pesca e nos ecossistemas, informou a Marinha.

O Ministério Público Federal e o Greenpeace pediram ao governo brasileiro para interromper o naufrágio, dizendo que era "tóxico" devido a materiais perigosos, incluindo 9 toneladas de amianto usadas em painéis.

“O afundamento do porta-aviões São Paulo joga no fundo do mar toneladas de amianto, mercúrio, chumbo e outras substâncias altamente tóxicas", disse o Greenpeace em uma nota, acusando a Marinha do Brasil de negligenciar a proteção dos oceanos.

O porta-aviões da classe Clemenceau serviu a Marinha Francesa por quatro décadas como o Foch, capaz de transportar 40 aviões de guerra.

O especialista em defesa e ex-funcionário de política externa do Congresso Pepe Rezende disse que o porta-aviões foi comprado pela Marinha do Brasil por apenas 12 milhões de dólares em 1998, mas precisava de uma reforma ao custo de 80 milhões de dólares que nunca foi feita.

Depois que o porta-aviões foi desativado, a empresa turca de reciclagem marítima Sök Denizcilik Tic Sti comprou o casco por 10,5 milhões de dólares, mas teve que rebocá-lo de volta através do Atlântico quando a Turquia barrou a entrada em seu estaleiro.

A Marinha do Brasil disse que pediu à empresa para reparar o porta-aviões em um estaleiro brasileiro, mas depois que uma inspeção mostrou que ele estava fazendo água e corria o risco de afundar, a Marinha proibiu o navio de entrar em portos brasileiros. Resolveu então afundar o São Paulo em alto mar.

O representante legal da empresa no Brasil, Zilan Costa e Silva, disse que o descarte do porta-aviões é de responsabilidade do Estado brasileiro de acordo com a Convenção da Basileia de 1989 sobre movimentação transfronteiriça de resíduos perigosos.

(Reportagem de Anthony Boadle)

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