Por Kanishka Singh
(Reuters) - O governo canadense está pedindo a seus cidadãos que evitem viagens não-essenciais à Ucrânia, após emitir comunicado citando "ofensiva russa".
Moscou colocou mais de 100.000 soldados perto da fronteira com a Ucrânia, e os Estados Unidos disseram na última sexta-feira temer que a Rússia esteja preparando terreno para invadir o país vizinho caso a diplomacia não cumpra seus objetivos.
"Mudamos o nível de risco em relação à Ucrânia e pedimos que evitem viagens não-essenciais ao país devido à contínua ofensiva russa e à intensificação de exercícios militares dentro e nos arredores do país", disse o governo canadense em um comunicado turístico divulgado no sábado.
O Canadá, cuja população de ascendência ucraniana é consideravelmente grande e politicamente influente, adotou política linha dura com a Rússia desde a anexação da Crimeia em 2014.
A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, visitará Kiev na próxima semana para reafirmar o apoio canadense à soberania ucraniana e somar esforços para impedir "ações agressivas" da Rússia, disse Ottawa.
Em entrevista à emissora canadense CBC publicada neste domingo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu a Rússia como "a agressora". Ele disse à CBC News que cabia à Rússia diminuir a ofensiva e que a Otan estava disposta a sentar novamente e ouvir as preocupações de Moscou.
A Rússia nega que esteja prestes a atacar a Ucrânia, mas diz que pode tomar uma ação militar não-especificada caso suas exigências - incluindo uma promessa da Otan de nunca admitir a Ucrânia - não sejam atendidas.
Depois que as negociações entre os Estados Unidos, seus aliados europeus e a Rússia terminaram na semana passada, autoridades norte-americanas alertaram que o risco de uma invasão russa na Ucrânia continua alta.