Por Alan Baldwin
(Reuters) - O chefe da Red Bull, Christian Horner, reconheceu após o histórico Grande Prêmio do Canadá de domingo que os atuais líderes da Fórmula 1 podem vencer todas as corridas nesta temporada da categoria.
Ele ponderou a afirmação com a conversa usual de "fazer uma corrida de cada vez", mas com a equipe vencendo todas as oito corridas até agora nesta temporada, e nove consecutivas desde o final de Abu Dhabi do ano passado, não faz sentido fingir o contrário.
"Podemos? Sim. Vamos? Quem sabe, porque há tantas variáveis neste jogo", disse Horner à televisão Sky Sports depois que Max Verstappen conquistou sua 41ª vitória na carreira, igualando a contagem de Ayrton Senna e o 100º triundo da história da equipe.
Nenhuma equipe venceu todas as corridas de uma temporada desde 1952, com a McLaren chegando mais perto em 1988, quando Alain Prost e Senna venceram todas, exceto uma das 16 provas. A Mercedes venceu 19 de 21 em 2016 e são 22 este ano.
Verstappen venceu seis das oito e as últimas quatro consecutivas e está caminhando para outra temporada recorde, mas há vislumbres de esperança para os rivais da equipe.
Verstappen terminou 9,5 segundos à frente de Fernando Alonso, da Aston Martin no Canadá, uma vantagem menor se comparada aos 24 segundos de frente sobre Lewis Hamilton, na Espanha, ou sobre os 27,9 segundos sobre Alonso, em Mônaco.
A verdadeira extensão da diferença pode ter sido distorcida por Verstappen ter controlado a corrida desde a pole position, embora ele tenha dito que teve que forçar muito para aquecer os pneus, além de ter um pássaro morto preso atrás de um duto de freio dianteiro.
"Neste local sim, a diferença é menor... é inevitável que eles estejam se aproximando, ficaríamos surpresos se não fosse o caso", disse Horner.
A Aston Martin trouxe uma grande atualização e a Mercedes e a Ferrari também têm trabalhado duro para trazer desempenho aos seus carros.
"Acho que estamos avançando lentamente. Acho que os Astons deram um passo à frente neste fim de semana quando adicionaram as atualizações, mas estamos trabalhando para trazer mais avanços", disse Hamilton.
"Max estava um pouco ausente, mas acho que nosso ritmo está um pouco mais próximo hoje, então estamos indo na direção certa."
Se existe um calcanhar de Aquiles no domínio da Red Bull, é a atual dependência de Verstappen para a equipe chegar ao degrau mais alto do pódio.
O mexicano Sergio Perez está agora 69 pontos atrás de Verstappen, embora ainda em segundo lugar, e não largou entre os 10 primeiros nem subiu ao pódio nas últimas três corridas após um forte início de campanha.
Alonso está agora apenas nove pontos atrás de Perez, que foi sexto em Montreal, e, questionado se sentia que poderá vencê-lo no campeonato, respondeu simplesmente: "Sim".
Se Verstappen sofrer um revés, mecânico ou não, as chances do segundo Red Bull vencer parecem muito menos certas e os rivais estão sentindo as oportunidades.
O último abandono de corrida de Verstappen foi na Austrália em abril de 2022 e a última vez que ele foi derrotado por alguém que não estava na Red Bull foi em novembro passado, quando George Russell, da Mercedes, venceu no Brasil.