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Investing.com – As ações da Cogna (BVMF:COGN3) concluíram o pregão desta sexta-feira (20) cotadas a R$ 2,82, o que aponta uma valorização de 161,11% no ano -- começou janeiro a R$ 1,08. O papel vinha subindo constantemente até meados de maio, quando sofreu maior volatilidade por conta do novo marco regulatório para EAD anunciado pelo Governo Federal. Antes, no balanço do 1T25, a empresa havia reportado lucro líquido de R$ 95 milhões, EBITDA de R$ 556 milhões e fluxo de caixa livre de R$ 149 milhões, animando investidores.
Houve rumores sobre uma possível fusão com a rival Yduqs (BVMF:YDUQ3), mas foram negados pela Cogna, que, no entanto, admitiu a busca por M&As como estratégia de negócios. O hype da inteligência artificial (IA) também alcançou a empresa, que tem interesse em ampliar a atuação em educação digital e eficiência operacional. O movimento sinaliza que a companhia enxerga a IA como alavanca estratégica, tanto para inovação pedagógica quanto para soluções de gestão acadêmica, buscando diferenciação em um setor cada vez mais competitivo.
Em março, o Morgan Stanley (NYSE:MS) havia elevado a recomendação das ações COGN3 para Overweight (compra), com preço-alvo revisado de R$ 1,70 para R$ 2,00, destacando a expectativa de catalisadores de curto prazo e possível expansão de margem no balanço do quarto trimestre. O valor já foi superado ainda no fim daquele mês, quando o papel superou a marca dos R$ 2,00
Apesar da exposição significativa ao EAD, segmento que enfrenta desaceleração nas matrículas e riscos regulatórios, os analistas seguem vendo espaço para alta dos papéis da empresa, mesmo em um cenário desafiador para o setor educacional em 2025, com margens pressionadas, menor crescimento do EBITDA e menos alavancas de capital de giro.
Vale a pena investir em ações da Cogna?
As ações da Cogna têm potencial de alta, de acordo com a análise fundamentalista. Você pode fazer essa avaliação no InvestingPro, ferramenta premium de análise fundamentalista do Investing.com. Você pode assinar o InvestingPro com menos de R$ 2 por dia.
De acordo com o InvestingPro, a média do preço-alvo de 11 analistas de mercado é de R$ 2,96 nos próximos meses. Isso seria uma alta de 5% na cotação atual. Porém, a a maior projeção entre os analistas é de R$ 4,00, o que indicaria potencial de valorização de 41% para o papel.
Além disso, oO InvestingPro tem frases curtas, objetivas geradas por inteligência artificial (IA) que dão um panorama positivo ou negativo de uma ação. O ProTips da Cogna apresenta nove frases a respeito da companhia, sendo seis positivas, duas negativas e uma neutra.
Com o InvestingPro, você pode solicitar uma análise SWOT (sigla em inglês para força, fraqueza, oportunidades e ameaças) das ações da Cogna com o assistente financeiro pessoal alimentado por IA, semelhante ao ChatGPT. O WarrenAI é uma ferramenta poderosa que auxilia os investidores de varejo a fazer uma análise rápida, eficiente e profissional, semelhante ao que está disponível para os investidores profissionais.
O WarrenAI aponta que a Cogna acaba de reverter prejuízo para lucro de R$ 94,25 milhões no 1T25, crescendo a receita em 7,3% e mantendo saúde financeira classificada como "Ótima" pelo InvestingPro. O interesse em IA e infoprodutos aponta para diversificação, mas o novo marco regulatório desafia margens no EAD. A empresa alia recuperação financeira e apetite por inovação, mas enfrenta teste real de execução diante das novas regras do ensino à distância. Como entregar tecnologia e escala sem perder margem é vantagem, a Cogna quer apostar na IA para tentar sair na frente.
A análise técnica feita pelo WarrenAI aponta sinais de venda para o curto prazo: RSI (39,89) e Estocástico (18,41) já indicam condições de sobrevenda, sugerindo que a pressão vendedora pode estar perto do limite, mas ainda não há sinal claro de reversão. Médias móveis (simples e exponenciais) em todos os prazos intradiários (até 5 horas) reforçam o viés negativo. MACD negativo, ADX elevado (50,83) e outros osciladores como CCI e Williams%R também apontam para venda.
Em janelas maiores, porém, há divergência. Em nos prazos semanais e mensais, os sinais mudam completamente: tanto indicadores quanto médias apontam para “compra forte”. Isso reflete a força da tendência de alta acumulada desde o início do ano, apesar da correção recente. Com o papel encostando no suporte imediato e indicadores já em sobrevivência, aumentam as chances de um repique técnico caso surja algum gatilho positivo.
Cogna: Comprar ou Vender?
Por fim, o WarrenAI respondeu se a ação COGN é melhor comprar, manter ou vender.
A resposta curta: o consenso dos analistas para Cogna é “comprar”, com nota de recomendação em 2,25 (Compra) e preço-alvo médio em R$ 2,96 — um potencial de valorização de 5% em relação ao último fechamento em R$ 2,82. Mas o cenário técnico e fundamental traz nuances que merecem atenção.
Praticamente todos os indicadores intradiários (1h) sugerem venda forte: RSI em 39, MACD negativo, Estocástico e Williams%R em zona de sobrevenda. Médias móveis (curtas e longas) também indicam venda, reforçando a cautela para quem pensa em “timing” de entrada. No entanto, nos gráficos semanais e mensais, o viés segue de compra forte — típico de um ativo em correção após rali expressivo.
Nos fundamentos, a recuperação Impressiona, mas o valuation pesa.
- Crescimento: Lucro por ação saltou 278,6% em 2024, receita cresceu 9,9%.
- Retorno: Rentabilidade de 82,6% em 1 ano.
- Riscos: Valuation ainda pressionado (baixo yield do FCL), dívida moderada e recomendação de cautela sobre múltiplos.
- Saúde: Nota “B” em saúde financeira relativa, mas confiança do preço-justo é baixa.
O investidor de longo prazo vê fundamentos e consenso favoráveis, mas o curto prazo sugere esperar a poeira baixar — ou seja, “comprar” só para quem tolera volatilidade e confia no turnaround já em andamento. “Manter” faz sentido para quem já surfa a onda, aproveitando o viés positivo no semanal/mensal. “Vender” só para quem não tolera riscos de correção adicional.