Por Eduardo Simões
(Reuters) - Com 0,30% das seções eleitorais apuradas no segundo turno da eleição presidencial deste domingo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu a liderança e aparece com 52,64% dos votos válidos, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 47,36%.
Pesquisas eleitorais divulgadas no sábado apontaram o petista na frente da disputa com uma vantagem que varia de 2 a 8 pontos percentuais, dependendo do levantamento.
O vencedor da eleição deste domingo tomará posse em 1º de janeiro de 2023.
Com 0,12% das seções eleitorais apuradas após o segundo turno da eleição presidencial deste domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 57,3% dos votos válidos, enquanto o atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) tem 42,7%.
Pesquisas eleitorais divulgadas no sábado apontaram o petista na frente da disputa com uma vantagem de 2 a 8 pontos percentuais, dependendo do levantamento.
O vencedor da eleição deste domingo tomará posse em 1º de janeiro de 2023.
O fechamento das urnas às 17h (horário de Brasília), colocou fim a um dia de votação marcado por denúncias de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que estariam dificultando o acesso de eleitores às seções eleitorais, especialmente na Região Nordeste.
As denúncias ocorreram mesmo após decisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, na véspera de proibir que a PRF realizasse, até o fim do segundo turno, qualquer tipo de operação relacionada ao transporte público, gratuito ou não, de eleitores.
Em coletiva na sede da corte, Moraes afirmou que, apesar de eventuais atrasos causados pelas operações, os eleitores conseguiram votar e, por isso, o horário de votação não seria prorrogado.
Tradicionalmente, os votos das seções eleitorais da Região Sul, onde Bolsonaro venceu no primeiro turno e aparecia à frente de Lula nas pesquisas, são os primeiros a serem totalizados o que pode fazer com que o candidato à reeleição comece a apuração à frente, cenário que pode mudar quando começarem a entrar os votos do Nordeste, onde o petista venceu por ampla margem em 2 de outubro, dianteira também apontada nas pesquisas sobre o segundo turno.
As campanhas dos dois postulantes ao Palácio do Planalto procuravam mostrar otimismo e ambas apostavam na vitória de seu candidato em Minas Gerais, Estado em que todos presidentes eleitos venceram desde a redemocratização e onde Lula venceu no primeiro turno.
"Não há espaço para Bolsonaro tirar uma diferença de 6 milhões de votos (obtida por Lula no primeiro turno). Penso que ampliamos a vantagem. Mesmo considerando o aumento da polarização nesse segundo turno", disse o coordenador de Comunicação da campanha de Lula, Edinho Silva.
"Vamos diminuir a diferença em São Paulo, eles não vão abrir a anunciada diferença em Minas Gerais, podem avançar no Rio de Janeiro, mas nada relevante que desequilibre o Sudeste", previu.
Já o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, aposta em vantagem para Bolsonaro em São Paulo e Minas, o que, na avaliação dele, compensará "com folga" a vantagem de Lula no Nordeste e garantirá a reeleição.
(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu e Fernando Cardoso, em São Paulo, e Ricardo Brito, em Brasília)