Por Daniela Desantis e Javier Leira
ASSUNÇÃO (Reuters) - A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) informou no domingo que a Argentina não será a sede da Copa América deste ano e que está estudando ofertas de outros países para realizar o torneio de seleções mais antigo do continente, apenas duas semanas antes de seu início.
A Copa América seria disputada pela primeira vez em sua história em dois países, Argentina e Colômbia, entre 13 de junho e 10 de julho. A Colômbia foi retirada da organização na semana passada.
Em um comunicado publicado em sua conta oficial de Twitter, a entidade explicou que a suspensão do evento na Argentina foi decidida "considerando as circunstâncias presentes", sem dar maiores detalhes.
"A Conmebol analisa a oferta de outros países que mostraram interesse em sediar o torneio continental. Brevemente se anunciarão novidades neste sentido", acrescentou.
Uma fonte da Conmebol disse que o conselho do organismo sediado no Paraguai havia previsto se reunir com urgência nesta segunda-feira para tomar uma decisão a respeito da sede.
O torneio foi adiado no ano passado em meio às restrições impostas pelos governos para frear a disseminação do coronavírus e depois perdeu dois de seus convidados, Austrália e Catar, devido a problemas de calendário.
A Colômbia deixou de ser uma das sedes em 20 de maio, após semanas de protestos contra o governo do presidente Iván Duque.
A Conmebol disse que Argentina apresentou um protocolo rigoroso para organizar o torneio completo e que levá-lo adiante dependeria das autoridades sanitárias do país, que enfrenta uma segunda onda feroz do coronavírus. O ministro do Interior argentino, Wado de Pedro, disse à mídia local no domingo que seria muito difícil fazê-lo.
A abertura da Copa América estava programada para o dia 13 de junho com uma partida entre Argentina e Chile no Estádio Monumental, em Buenos Aires.
A organização havia previsto que na Argentina jogassem a seleção local, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia, enquanto na Colômbia jogariam a seleção local, Brasil, Peru, Equador e Venezuela.
O secretário-geral adjunto da Conmebol, o argentino Gonzalo Belloso, mencionou esta semana o Chile como possível organizador.