Por Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - Quando o rei britânico Charles 3º for coroado em uma luxuosa cerimônia na próxima semana, o principal movimento antimonarquista do Reino Unido se reunirá ao longo da rota da procissão ao lado de uma estátua de Charles 1º, que foi decapitado em 1649, levando a uma República de curta duração.
Os Apoiadores da República, um grupo fundado em 1983 que faz campanha para um chefe de Estado eleito, estão planejando seu maior protesto já realizado. Eles acreditam que a ascensão de Charles ao trono apresenta sua melhor chance de acabar com a monarquia, que remonta a mais de 1.000 anos.
Graham Smith, seu chefe, vê a grande coroação na Abadia de Westminster em Londres como a oportunidade perfeita para expor o que ele considera uma instituição anacrônica sem lugar em uma democracia do Século 21, especialmente em um momento em que as pessoas estão enfrentando a pior crise de custo de vida em décadas.
Smith disse esperar que mais de 1.000 pessoas vestidas com camisas amarelas se juntem ao protesto em 6 de maio, onde exibirão cartazes e farão discursos.
Quando o rei recém-coroado passar em sua carruagem de ouro, pelas ruas repletas de dezenas de milhares de simpatizantes, eles planejam vaiar alto e gritar "não é meu rei".
Pesquisas mostram que Charles é menos popular do que sua mãe, a rainha Elizabeth, a segunda monarca com reinado mais longo do mundo, cuja morte no ano passado marcou o fim de uma era no Reino Unido.
Segundo o YouGov, em 2012, 73% do público dizia que a monarquia era boa para o Reino Unido, mas esse número caiu agora para 53%.
"Acho que a monarquia está com muitos problemas porque perdeu sua estrela, o apoio está claramente diminuindo, o interesse está diminuindo e isso é um grande problema para eles", disse Smith à Reuters.