BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deixou a carceragem da Polícia Federal na noite de sábado, depois de receber a liberdade provisória do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Valdemar estava preso desde quinta-feira, quando a PF fez busca e apreensão em sua casa e seu escritório, dentro de operação que investiga a tentativa de golpe de estado ocorrida depois das eleições, e encontrou uma arma sem registro e uma pepita de ouro de procedência ilegal, o que levaram à prisão.
Na sexta-feira, depois de audiência de custódia, o ministro havia transformado a prisão do político em preventiva, sem prazo para liberdade, mas pediu manifestação da Procuradoria Geral da República em até 24 horas.
Moraes levou em conta, ao conceder a liberdade provisória, a posição do procurador-geral, Paulo Gonet, considerando que Valdemar já estava sob outras medidas cautelares - inclusive a proibição de falar com outros investigados - e não teria condições de interferir mais nas investigações. Além disso, considerou Gonet, o preso não é perigoso e tem mais de 70 anos.
CORONEL PRESO
Foi preso neste domingo o coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto, um dos investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado e alvo da PF.
Correa Neto estava nos Estados Unidos quando saiu a determinação da sua prisão e se entregou a autoridades norte-americanas.
O coronel chegou ao Brasil durante a madrugada e foi recebido por policiais federais. A audiência de custódia aconteceu na manhã deste domingo e o militar permaneceu preso, segundo o STF.
Ainda estão presos outros três investigados na operação: Filipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel do Exército e ajudante de ordens do ex-presidente, e Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito)