Investing.com – Analistas do Itaú BBA revisaram suas preferências em siderurgia e mineração, e agora preferem as ações da CSN em relação às da CSN Mineração, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado.
Assim, a CSN foi atualizada para market perform, equivalente à neutra, com preço-alvo estimado para 2025 de R$12 por ação, com múltiplos de valor por Ebitda considerado justos, mas perspectivas de geração de fluxo de caixa vistas como fracas.
A CSN Mineração foi rebaixada para underperform, que corresponde à venda, com preço-alvo de R$5,7. Um valuation alto e geração de fluxo de caixa negativa motivam a revisão dos analistas.
O banco havia rebaixado CSN anteriormente em 4 de abril e, desde lá, o preço do papel recuou 23%, enquanto o da CSN Mineração registrou ganhos de 18%.
“Agora achamos que é hora de mudar de marcha”, apontam os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares.
O Itaú BBA cortou estimativa para o preço do minério de ferro para 2025 para US$ 95/tonelada, contra US$ 100/tonelada estimados anteriormente.
Entre os motivos elencados pelos analistas, estaria “um cenário macro mais desafiador na China, que prejudica tanto a CSN quanto a CMIN”. No entanto, dados “fortes nos setores de aço e cimento darão suporte a um desempenho relativamente melhor para a CSN”, concluem.
Pior já passou?
O cenário foi de desafios para o setor siderúgico brasileiro no primeiro semestre, com demanda fraca e concorrência acirrada, levando a margens baixas. No entanto, os analistas do Itaú BBA entendem que o “pior parece ter ficado para trás”. Ainda assim, o banco menciona como principal risco para as margens o prêmio de paridade de importação, avaliado com alto.
Às 10h40 (de Brasília), as ações da CSN Mineração SA (BVMF:CMIN3) recuavam 0,51%, a R$5,89, enquanto as da Companhia Siderúrgica Nacional (BVMF:CSNA3) registravam baixa de 0,78%, a R$11,38.