BARCELONA (Reuters) - O jogador brasileiro Daniel Alves disse nesta segunda-feira que fez sexo consensual com uma mulher que o acusou de agressão sexual, mudando sua versão do que aconteceu em uma boate de Barcelona no final de dezembro.
O atleta de 39 anos, que está preso sem direito a fiança desde 20 de janeiro, compareceu perante o juiz encarregado da investigação nesta segunda-feira a seu próprio pedido, disseram seus advogados em um comunicado.
"Ele garantiu que inicialmente não contou o que havia acontecido e negou o contato sexual porque sua única prioridade era salvar seu casamento", disse o comunicado.
Alves disse ao juiz que houve interesse imediato e tensão sexual entre ele e sua acusadora. "Ele disse que tudo o que aconteceu dentro do banheiro foi um ato livre e voluntário. Eles fizeram amor e (ela) não disse em nenhum momento para parar", acrescentou o comunicado.
Anteriormente o jogador havia negado qualquer encontro sexual com a mulher que apresentou uma queixa em janeiro sobre uma suposta agressão sexual em um banheiro de uma boate exclusiva de Barcelona.
Duas semanas antes de sua prisão em janeiro, Alves disse em um vídeo enviado à emissora local Antena 3 que não sabia quem era a mulher.
Em fevereiro, o tribunal rejeitou o pedido de liberdade do atleta.
Um porta-voz do tribunal de Barcelona, onde Alves prestou depoimento nesta segunda-feira, se recusou a comentar.
O advogado que representa a suposta vítima e um porta-voz do Ministério Público espanhol não responderam a um pedido de comentário.
Após sua prisão, Daniel Alves, que já jogou em times como Barcelona e Paris Saint Germain, foi dispensado pelo Pumas UNAM do México e sua esposa, a modelo Joana Sanz, o deixou.
(Reportagem de Joan Faus e Inti Landauro)