Por Steve Keating
NOVA YORK (Reuters) - Novak Djokovic fez um retorno vitorioso ao Aberto dos Estados Unidos ao derrotar o francês Alexandre Muller por 6-0, 6-2 e 6-3 na segunda-feira para recuperar o posto de número um do mundo e dar o primeiro passo para igualar o recorde de Margaret Court de 24 Grand Slams.
Após ficar de fora do evento do ano passado por não ter sido vacinado contra a Covid-19, Djokovic não era visto nas quadras duras de Flushing Meadows desde sua derrota para Daniil Medvedev na final de 2021.
E os torcedores mostraram ao atleta de 36 anos que sentiram sua falta, aplaudindo o sérvio quando ele saiu do túnel para a quadra do Arthur Ashe Stadium.
Ficou claro que o tricampeão também sentiu falta deles ao receber os aplausos de uma multidão recorde de mais de 30.000 pessoas, que incluía o ex-presidente dos EUA Barack Obama e sua esposa Michelle.
“Eu estava animado para entrar em quadra, já se passaram alguns anos, então estar diante de vocês é sempre um prazer”, disse Djokovic ao público de Nova York. “Obrigado por terem vindo e obrigado a todas as pessoas que ficaram até quase 1h da manhã."
"As sessões noturnas no Arthur Ashe são sempre especiais", acrescentou.
Chegando a Nova York após uma vitória eletrizante sobre seu jovem rival Carlos Alcaraz na final do torneio de Cincinnati, Djokovic mostrou estar em boa forma e não deu chances ao 84º colocado Muller naquela que foi sua estreia na chave principal do Aberto dos EUA.
“Não consegui sacar bem no segundo e no terceiro, perdi o nível do meu saque e tive que trabalhar um pouco mais para ganhar pontos”, disse Djokovic. "Mesmo assim, acho que joguei muito bem do começo ao fim."
"Alguns contratempos, mas gostei do nível e espero poder mantê-lo também na próxima rodada."
Embora o Aberto dos EUA esteja apenas começando, a vitória de Djokovic garante que ele tirará Alcaraz do primeiro lugar quando o ranking mundial for atualizado em 11 de setembro.
Alcaraz, que derrotou Djokovic em uma final épica de Wimbledon em julho, estreia nesta terça-feira contra o alemão Dominik Koepfer.
(Reportagem de Steve Keating em Nova York)