Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A XP (BVMF:XPBR31) iniciou a cobertura das ações da Eletrobras (BVMF:ELET3), classificando o papel como o seu top pick do setor. Para o banco digital, a empresa é uma boa oportunidade de longo prazo, com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 11,9%.
A recomendação é compra, com um preço-alvo de R$ 71, o que implica +55% de potencial upside.
“Devido à natureza regulada do setor, é difícil encontrar uma empresa privada operando repetidamente abaixo dos níveis de eficiência por tantos anos e pronta para implementar todas as iniciativas necessárias para redução de custos”, explica a XP sobre o principal motivo de tornar a Eletrobras uma das suas Top Picks.
Para o banco digital, a reeleição de Wilson Ferreira como novo CEO da companhia foi um forte sinal de que as coisas vão acontecer rapidamente dentro da Eletrobras. Além disso, como a privatização da empresa acabou de acontecer, as discussões sobre eficiência devem ser uma prioridade para a administração.
Enquanto isso, antes das mudanças se concretizarem, os níveis de PMSO estão altos em comparação com os pares privados. Os créditos fiscais são superiores a R$ 40 bilhões, sem estrutura implementada para monetizá-los, e as contingências estão em níveis elevados, com os empréstimos compulsórios ocupando o papel principal, somando R$ 25,6 bilhões em provisões.
“O risco mais proeminente é de que a Eletrobras não consiga alocar a energia descontratada derivada da migração do regime de cotas para o regime de produto independente a preços favoráveis. Para lidar com esse risco, esperamos que a companhia desenvolva ou adquira uma comercializadora no curto prazo”, sugere a XP.
A empresa também deve realizar algumas vendas de ativos no futuro, uma vez que a herança estatal implica que a Eletrobras é “gigante” e a XP espera que o Cade examine de forma minuciosa esses processos.
Às 14h38, as ações da Eletrobras caíam 3,11%, a R$ 44,51.