Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que indicará um nome para o cargo de procurador-geral da República (PGR) após consultas e muita "meditação", mas adiantou que não levará em conta a tradicional lista tríplice do Ministério Público.
Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, da BandNews, o presidente avaliou que a escolha de um dos três nomes mais votados pelos procuradores "nem sempre resolve o problema". Lula disse ainda que será mais "criterioso" em sua decisão.
Quanto às indicações que terá direito a fazer para ministros do Supremo Tribunal federal (STF), Lula relatou que irá consultar pessoas e levará em conta o notório saber jurídico, assim como o "caráter" dos escolhidos, além da exigência de ser um "cumpridor da Constituição".
O presidente tem direito a indicar ao menos dois nomes para a Suprema Corte com a iminência da saída dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
Lula revelou, na entrevista, que pode ter o direito a indicar mais um integrante do tribunal, sinalizando com a possibilidade de uma "antecipação" da aposentadoria de mais um ministro.
Desconversou quando questionado sobre a possibilidade de indicar seu advogado Cristiano Zanin, a quem definiu como amigo, e explicou que a proximidade nunca foi um critério para suas escolhas.