DOHA (Reuters) - O ex-atacante de Camarões e atual presidente da federação de futebol do país, Samuel Eto'o, pediu desculpas após um "incidente violento" com um torcedor ao deixar uma partida da Copa do Mundo na segunda-feira.
O jornal La Opinión, com sede em Los Angeles, postou um vídeo em seu feed do Twitter nas primeiras horas da manhã desta terça-feira que disse mostrar Eto'o brigando com um homem segurando uma câmera ao deixar o Estádio 974, em Doha.
A reportagem informa que o ex-jogador de 41 anos, quatro vezes eleito Jogador Africano do Ano, reagiu com raiva à presença do homem não identificado e o agrediu, derrubando-o no chão durante a confusão.
"Depois da partida entre Brasil e Coreia do Sul, tive um incidente violento com uma pessoa que deveria ser um torcedor argelino", disse Eto'o em comunicado no Twitter.
"Gostaria de me desculpar por perder a paciência e reagir de uma forma que não combina com minha personalidade. Peço desculpas ao público por este incidente infeliz", acrescentou.
Camarões se classificou de forma dramática para a Copa do Mundo do Catar pelo critério de gols fora de casa na última partida das eliminatórias africanas, em março, com um gol marcado nos acréscimos da prorrogação da segunda partida.
Eto´o disse na publicação que desde a partida entre Camarões e Argélia ele tem sido "alvo de insultos e acusações de trapaça sem nenhuma evidência".
"Durante esta Copa do Mundo, os torcedores camaroneses foram assediados e incomodados pelos argelinos sobre o mesmo assunto. Gostaria de mencionar que o cenário da derrota da Argélia foi cruel, mas perfeitamente de acordo com as regras e a ética do nosso esporte."
Eto'o observou que todos os recursos da Federação Argelina de Futebol sobre o resultado das eliminatórias foram rejeitados.
"Peço, portanto, às autoridades argelinas e à federação que assumam suas responsabilidades para acabar com este clima insalubre antes que uma tragédia mais grave ocorra", disse.
Eto'o, que teve uma longa carreira no futebol com Barcelona e Inter de Milão, foi nomeado "embaixador global" do Comitê Supremo em 2019.
(Reportagem de Nick Mulvenney, reportagem adicional de Andrew Mills e Mark Gleeson)