(Reuters) - A Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU) disse nesta quinta-feira que a Fifa rejeitou seu pedido de treinar na Copa do Mundo com camisas com as palavras "direitos humanos para todos".
A DBU disse em 2021 que seus dois patrocinadores de kits de treinamento abririam caminho para mensagens críticas ao Catar, e afirmou que diminuiria o número de viagens ao país para evitar atividades comerciais que promovam os eventos do país sede da Copa do Mundo.
O Catar está sob intensa pressão por conta de seu tratamento de trabalhadores estrangeiros e suas leis sociais restritivas, levando muitas equipes participantes a levantar preocupações. O país negou as alegações de que os trabalhadores foram explorados.
"Recebemos hoje uma mensagem da Fifa de que as camisas de treino que nossos jogadores deveriam usar, onde estaria escrito 'direitos humanos para todos' na barriga (da camisa), foram rejeitadas por motivos técnicos, o que é lamentável", disse o executivo-chefe da DBU, Jakob Jensen, à agência de notícias Ritzau.
A Fifa se recusou a comentar. Suas regras estipulam que qualquer equipamento das seleções não deve ter slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais.
"Acreditamos que a mensagem "direitos humanos para todos" é universal e não um apelo político, mas algo que todos podem apoiar", disse Jensen.
A Fifa escreveu para as equipes da Copa do Mundo neste mês pedindo que se concentrem no futebol no Catar e não deixem o esporte ser arrastado para questões ideológicas ou políticas.
A fabricante de kits Hummel disse em setembro que havia atenuado os detalhes das camisas da Dinamarca para a Copa do Mundo e lançado um kit preto como um protesto contra o histórico de direitos humanos do Catar antes do torneio.
A Dinamarca joga seu primeiro jogo da Copa do Mundo contra a Tunísia no Grupo D em 22 de novembro.
(Reportagem de Tommy Lund)