(Reuters) - A Fifa abriu uma investigação sobre alegações de que o Equador usou um jogador inelegível em sua campanha nas eliminatórias da Copa do Mundo, disse a entidade que comanda o futebol nesta quarta-feira.
A Federação Chilena de Futebol afirmou na semana passada ter provas de que Byron Castillo nasceu em Tumaco, Colômbia, em 1995, e não na cidade equatoriana de General Villamil Playas em 1998, como consta em seus documentos oficiais.
Alegou que o lateral do Barcelona de Guayaquil, que atuou em oito dos jogos de qualificação do Equador para o Catar, usou passaporte e certidão de nascimento falsos.
O Equador é uma das quatro seleções sul-americanas que já se classificaram para a Copa do Mundo deste ano, junto com Brasil, Argentina e Uruguai. O Peru, quinto colocado, enfrenta uma repescagem no mês que vem.
"A Fifa decidiu abrir um processo disciplinar em relação à possível inelegibilidade de Byron David Castillo Segura", disse a Fifa em comunicado.
"Neste contexto, a FEF (Federação Equatoriana de Futebol) e a Federação Peruana de Futebol foram convidadas a apresentar suas posições ao Comitê Disciplinar da Fifa."
Na semana passada, a FEF rejeitou as alegações do Chile como "rumores infundados".
No entanto, a inelegibilidade de Castillo poderia significar problemas para a seleção da nação andina.
Castillo jogou em oito das 18 partidas do Equador nas eliminatórias, nas quais conquistou 14 de seus 26 pontos. Se perder pontos nos jogos em que Castillo atuou, o Equador pode perder a vaga no Catar.
O Chile terminou em sétimo com 19 pontos, mas Eduardo Carlezzo, advogado da federação chilena, disse à Reuters que se o Chile recebesse os pontos dos dois confrontos contra o Equador em que Castillo jogou, iria à Copa do Mundo em seu lugar.
(Reportagem de Andrew Downie)