Por Pavel Polityuk
KIEV (Reuters) - Forças pró-Rússia disseram que mais 50 pessoas foram retiradas neste sábado da siderúrgica sitiada de Azovstal em Mariupol, onde muitos civis estão presos há semanas junto com soldados ucranianos na instalação da era soviética.
O quartel-general de separatistas apoiados pela Rússia em Donetsk disse no Telegram que 176 civis foram retirados da grande siderúrgica bombardeada.
A Reuters não conseguiu verificar o relato em um primeiro momento.
Cerca de 50 civis haviam sido transferidos da siderúrgica na sexta-feira para um centro de recepção em Bezimenne, um local nas proximidades controlado pelos separatistas, cujas forças estão lutando ao lado das tropas russas para expandir o seu controle em grande parte do leste da Ucrânia. Dezenas de civis haviam sido retirados no último fim de semana.
Mariupol sofreu o mais destrutivo bombardeio da guerra de dez semanas. A siderúrgica é a última parte da cidade --um porto estratégico ao sul no mar Azov-- ainda nas mãos de soldados ucranianos. Muitos civis, incluindo mulheres e crianças, estão presos há semanas com pouca comida, água ou remédios.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse em um discurso por vídeo no fim da noite de sexta-feira que a Ucrânia trabalhava diplomaticamente para salvar as pessoas que estão defendendo a siderúrgica. Não ficou claro quantos soldados ucranianos ainda estavam lá.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou vitória em Mariupol em 21 de abril, ordenou que a siderúrgica fosse fechada e pediu que as forças ucranianas que estão dentro dela baixassem as armas. Mas a Rússia depois retomou o seu ataque à siderúrgica.
(Reportagem de Pavel Polityuk e Redações da Reuters)