(Reuters) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou um breve comunicado nesta terça-feira condenando ações de grupos criminosos no Equador, onde uma onda de violência levou o presidente do país a decretar um estado de emergência na véspera.
"O governo brasileiro acompanha com preocupação e condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador. Manifesta também solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques", diz o comunicado, acrescentando que o "governo segue atento, em particular, à situação dos cidadãos brasileiros naquele país".
Nesta terça-feira, homens armados e encapuzados invadiram uma emissora de TV em Guayaquil durante uma transmissão ao vivo enquanto tiros e gritos eram ouvidos, em um dia violento no Equador que incluiu o sequestro de vários policiais.
Mais tarde, a polícia equatoriana informou a prisão de 13 pessoas envolvidas nesse ataque.
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, que assumiu o cargo em novembro e já havia decretado um estado de emergência na segunda-feira, disse nesta terça que reconhecia a existência de um "conflito armado interno" no Equador e identificou várias gangues criminosas como "organizações terroristas".
O decreto também ordenou que as Forças Armadas "neutralizassem" os grupos.
Mais tarde, o ministro do Interior do Peru ordenou o envio "imediato" de uma força policial para a fronteira com o Equador, em uma tentativa de reforçar a segurança em meio à escalada da violência de gangues no país vizinho.
Pouco depois, o primeiro-ministro do Peru declarou emergência na fronteira norte com o Equador.
(Redação São Paulo)