Por Nidal al-Mughrabi
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - O braço armado do grupo militante palestino Hamas disse nesta segunda-feira que libertou mais duas mulheres civis prisioneiras por motivos de saúde em resposta aos esforços de mediação de Egito e Catar, e uma fonte disse à Reuters que elas eram idosas israelenses.
Abu Ubaida, porta-voz do braço armado, disse em comunicado no Telegram: “Decidimos libertá-las por motivos humanitários e de saúde precária”. Afirmou ainda que o nome delas era Nurit Yitzhak e Yocheved Lifshitz.
O braço armado libertou uma mãe e uma filha norte-americanas, Judith e Natalie Raanan, na sexta-feira, quase duas semanas depois de homens armados do Hamas terem realizado um ataque em 7 de outubro, matando 1.400 pessoas e fazendo mais de 200 reféns.
O Canal 12 de Israel noticiou que a terceira e a quarta reféns foram libertadas e que as famílias foram informadas. A agência de notícias estatal do Egito disse que as duas chegaram à passagem de Rafah, de Gaza para o Egito.
Não houve comentários imediatos das autoridades israelenses
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar afirmou na sexta-feira que a soltura das reféns ocorreu “após muitos dias de comunicações contínuas” entre todas as partes.
Nesta segunda, Israel atacou pelo ar centenas de alvos na Faixa de Gaza. Soldados israelenses continuam combatendo militantes do Hamas enquanto o número de mortos no território palestino sobe, e civis se veem encurralados em condições terríveis.
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 436 pessoas morreram em bombardeios nas últimas 24 horas, a maioria no sul do enclave, que é estreito e densamente povoado. Próximo dali, tropas e tanques israelenses se concentram esperando uma possível invasão por terra.
Os militares israelenses dizem ter atingido mais de 320 alvos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, incluindo um túnel que abrigava combatentes do grupo, dezenas de postos de comando e de observação, um morteiro e um lançador de mísseis antitanques.
O bombardeio israelense começou depois de um ataque devastador contra comunidades de Israel no dia 7 de outubro, o dia com mais perdas em Israel desde a fundação do Estado, há 75 anos.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi em Gaza, Dan Williams e Emily Rose em Jerusalém)