Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – Apesar de ainda considerarem a empresa com perspectivas atraentes, o Goldman Sachs (NYSE:GS) e o Itaú BBA ponderaram suas estimativas a respeito da Hapvida (BVMF:HAPV3), com tendências mais pessimistas para margem Ebitda e crescimento orgânico.
Em relatório, o Goldman Sachs ajustou o modelo com diminuição em 0,8 ponto percentual na projeção da margem Ebitda, mas manteve a estimativa de receita inalterada.
De acordo com os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira, a queda nas adições líquidas registradas no terceiro trimestre deste ano foi compensada por um desempenho de ticket levemente melhor.
O Goldman Sachs vê os papéis a um P/L (preço por lucro) ajustado do ano de 23x, o que implica alguma vantagem, segundo o banco, “dadas as atraentes perspectivas de crescimento da empresa”. O Goldman manteve recomendação de compra para os papéis da Hapvida, mas diminuiu o preço-alvo em doze meses de R$9,50 para R$8,50.
Já o Itaú BBA indaga aos clientes e ao mercado, em relatório, se haverá calmaria depois da tempestade, com queda de 30% nas ações após a divulgação do balanço.
Segundo o analista do Itaú BBA Vinícius Figueiredo, a margem fraca no trimestre foi “significativamente afetada por um ajuste retroativo devido a aumentos salariais acima do esperado”. Para o analista, o modelo integrado verticalmente se destaca como o mais sustentável, o que reforçaria a visão positiva sobre o modelo de negócios da companhia.
Por outro lado, o Itaú BBA adota premissas muito mais conservadoras para crescimento orgânico e recuperação de MLR em 2023, além de revisar a estimativa de lucro líquido ajustado em 27%.
Mesmo assim, o Itaú BBA vê a ação negociando a 22x P/L em 2023 e 12x P/L em 2024. O Itaú BBA avalia a Hapvida como “Outperform”, com valor justo de R$8,50.
Às 14h10, as ações da Hapvida recuavam 1,63%, a R$31,48.