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Profetas do apocalipse são como relógios quebrados: acertam às vezes, mas não prestam

Publicado 07.10.2024, 14:32
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  • Investidores frequentemente cedem às previsões alarmistas, comprometendo seus objetivos financeiros de longo prazo.
  • Tendências históricas mostram que estratégias otimistas superam consistentemente previsões pessimistas.
  • Compreender os ciclos de mercado é essencial para atravessar correções inevitáveis e alcançar sucesso.

No mundo dos investimentos, há um ditado popular: “Os pessimistas parecem mais inteligentes, mas os otimistas ganham dinheiro.” Esta frase se torna especialmente verdadeira quando analisamos o desempenho de longo prazo do mercado de ações.

Dados históricos, seja do S&P 500 ou do MSCI World, mostram uma tendência clara: ao longo de 16 anos ou mais, os retornos sempre foram positivos.

Apesar dessas evidências, muitos investidores acabam prejudicando seus portfólios ao seguirem os profetas do apocalipse que, ano após ano, preveem catástrofes iminentes.

Embora esses críticos eventualmente acertem, sua taxa de sucesso é comparável à de um relógio quebrado—acertando apenas duas vezes ao dia.

Essas vozes pessimistas ressurgiram no início deste ano, o que nos leva a refletir sobre as previsões de três figuras proeminentes nesse cenário:

1. Jeremy Grantham, que alertou sobre uma "bolha em tudo."Previsão de Grantham

2. Harry Dent (não o do Batman), que previu o "crash de uma vida em 2024."Previsão de Harry Dent

3. John Hussman, cujas previsões catastróficas, ao longo da última década, geraram um retorno impressionante de -38%.Desempenho de Hussman

Este ano, enquanto o mercado de ações subiu cerca de 20%, o fundo de Hussman registrou queda de 7,41%. Em resumo, apostar em colapsos de mercado tem se mostrado uma estratégia ineficaz para o sucesso no longo prazo.

Por que esses profetas do apocalipse chamam tanta atenção, mesmo com previsões furadas?

A resposta está na natureza humana e no apetite da mídia por sensacionalismo. Manchetes que despertam medo inevitavelmente atraem mais atenção. Compare estes dois títulos:

"S&P 500 sobe 20,5% desde o início do ano—Aqui está o porquê!"
"S&P 500 pode cair 30%—Aqui está o porquê!"

É óbvio qual deles chama mais sua atenção. O segundo vende melhor, gera mais cliques e receitas, alimentando um ciclo onde o medo prevalece.

Infelizmente, essa fixação no pessimismo pode levar os investidores a perder um dos mercados altistas mais lucrativos da história. Aqueles que aderem às previsões desses “especialistas” correm o risco de desviar-se de seus objetivos financeiros, permitindo que a inflação corroa suas economias.

O que fazer

É importante reconhecer que os mercados em baixa ocorrem, estatisticamente, uma vez a cada quatro anos, tornando-os uma norma e não uma exceção.

Em anos como 2022, quando os mercados enfraquecem, os profetas do caos recuperam credibilidade, declarando: "Eu estava certo!" Mas se eles tivessem permanecido consistentemente otimistas, teriam acertado em três dos quatro anos. A lógica me escapa.

Concluindo, evite essas figuras e suas narrativas de medo. O que realmente importa é entender a história dos mercados, reconhecer os padrões estatísticos e desenvolver uma estratégia de investimento sólida.

Sim, períodos desafiadores vão surgir—os mercados estão atualmente precificados acima da média, e correções são inevitáveis.

No entanto, se você não aproveitar o fluxo natural dos mercados, continuará vulnerável ao medo. Abrace a jornada e deixe o tempo trabalhar a seu favor.

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