Por Jeffrey Dastin
SAN FRANCISCO (Reuters) - A bolha enorme que Kurth Reis criou no mês passado, que emergiu de um balde de sabão como um gênio sai da lâmpada, assustou uma menina pequena que visitava o calçadão de San Francisco, quase envolvendo-a enquanto ela fugia correndo.
A bolha estourou. Em seguida, ela saltou, aplaudiu e se voltou a Reis, ansiosa por mais uma demonstração. Dedicado, o "homem-bolha" conseguiu causar um pouco de alegria mais uma vez.
O californiano de 48 anos percorreu um caminho árduo até chegar à sua nova ocupação. Reis foi militar e depois passou algum tempo na prisão, desperdiçando oportunidades até que um acidente de moto o hospitalizou em 2018, contou ele. Acordar, cirurgia após cirurgia, "foi como renascer".
Ele teve alta 88 dias depois com uma placa de titânio na perna e determinado a mudar de vida. Em 2020, quando a Covid-19 esvaziou as ruas da cidade, ele descobriu sua vocação como artista criador de bolhas.
Sua namorada, Kelly Sullivan, merece muito do crédito, ou da culpa, do que chama de seu "vício": ela lhe deu uma arma de bolha de Páscoa, e depois que as pilhas acabaram ele alterou o brinquedo, turbinando-o para produzir mil bolhas por minuto, disse ela.
Mergulhando uma corda que se dependura em forma de "V" de duas varas em uma solução, Reis aprendeu a fazer esferas "do tamanho de um carro".
Reis disse adeus aos dias de delivery de comida e se entregou à criação de bolhas em tempo integral.
Ele roda de triciclo por San Francisco para demonstrar seu ofício em parques e esquinas durante horas, conseguindo até 150 dólares de gorjetas por dia de turistas que visitam Alcatraz.