Investing.com – Com juros em trajetória de alta e risco fiscal como pontos de pressão na bolsa de valores brasileira, investidores podem optar pela diversificação do patrimônio por meio da alocação no mercado internacional. Neste momento, o BTG (BVMF:BPAC11) recomenda exposição a risco em teses de tecnologia e large-caps no mercado acionário americano, enquanto, em renda fixa, a volatilidade das taxas de juros requer gestão ativa de duration.
“Nesse sentido, continuamos a considerar o cenário favorável para crédito e renda variável, tanto pelo processo de desinflação em curso quanto pela perspectiva positiva para a atividade econômica nos EUA”, aponta o banco em relatório.
Na renda fixa, com mercado considerado excessivamente otimista em relação ao ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, o BTG disse que, de início, encurtou a duration. “Mas após o movimento de correção em outubro, voltamos a aumentá-la para cerca de 5,5 anos”, orientou.
Mercado americano com perspectivas favoráveis
Ao tratar do valuation, o banco considera como apertados os prêmios de risco nos mercados em geral, mas acredita que não haveria um sinal de bolha. Os fundamentos técnicos demandam melhor posicionamento de mercado, mas ainda sobrecomprado.
Os fundamentos são baseados na expectativa de um crescimento robusto da economia, com tendência de continuidade do processo de diminuição da inflação, com a autoridade monetária americana em busca da retomada da inflação em direção à meta enquanto mira no máximo emprego.
“Os dados recentes de atividade indicam que a robustez da economia americana pode tornar o trabalho do Fed mais desafiador, sustentando as taxas de juros em patamares mais elevados do que o previsto”, destaca, indicando que o risco fiscal poderia afetar as taxas de juros de longo prazo.
No entanto, o BTG avalia como intacta a tese do excepcionalismo americano. “Apesar do aumento do risco inflacionário, a análise dos indicadores sugere um arrefecimento em setores mais sensíveis à política monetária, enquanto a gradual deterioração do mercado de trabalho aponta pela continuidade do ciclo de cortes iniciado pelo Fed”, conclui.