JERUSALÉM (Reuters) - O presidente de Israel apelou ao príncipe britânico Charles nesta quarta-feira para que ele ajude a levar uma menina israelense de dois anos com uma lesão cerebral grave a Israel depois que a Alta Corte de Londres determinou que os cuidados que a mantêm viva em um hospital do Reino Unido sejam retirados.
A família de Alta Fixsler diz que sua fé judia ultraortodoxa não lhe permite aceitar nenhuma escolha que apresse sua morte, e tentou apelar do veredicto de 28 de maio.
Em sua decisão, a corte determinou que nenhuma ação poderia melhorar o estado de Alta e que o próprio procedimento de transferência poderia lhe causar sofrimento.
Em uma carta divulgada nesta quarta-feira, o presidente de Israel, Reuvin Rivlin, pediu a Charles, o herdeiro do trono britânico, que ajude a atender a solicitação dos pais da menina de levá-la a Israel.
"Suas crenças religiosas se opõem diretamente à cessação do tratamento médico que poderia prorrogar sua vida, e (eles) fazem arranjos para sua transferência segura e a continuação de seu tratamento em Israel", escreveu Rivlin.
"Seria uma tragédia se os desejos destes pais não pudessem ser acomodados de uma maneira que respeite tanto a lei quanto suas crenças religiosas".
Um porta-voz do príncipe disse: "Não comentamos correspondência particular".
O ministro da Saúde de Israel apelou ao governo britânico na semana passada em nome da família para dizer que seu país deseja recebê-la para tratamento.
(Por Rami Ayyub)