ROMA (Reuters) - Dezesseis pessoas foram presas e mais de 3.500 artefatos foram recuperados depois que a polícia italiana desmantelou o que chamou de rede implacável de saqueadores arqueológicos e traficantes internacionais de antigas relíquias gregas e romanas.
Os detidos enfrentam acusações que incluem conspiração criminosa, escavação ilegal, roubo, comércio de bens roubados e exportação ilegal de bens, disse o esquadrão de arte da polícia Carabinieri em um comunicado nesta quarta-feira.
Outros cinco suspeitos escaparam de irem para a prisão, mas foram obrigados a se apresentar à polícia, enquanto dezenas de outros foram colocados sob investigação após uma série de operações realizadas em todo o país.
Os Carabinieri recuperaram centenas de moedas de ouro, prata e bronze dos tempos antigos gregos e romanos, bem como joias, pratos, xícaras, jarros e miniaturas que datam do século 4 a.C. ao século 3 d.C..
Os itens, provenientes de escavações ilegais nas regiões de Puglia, Campania e Basilicata e que seriam contrabandeados para o exterior, têm "valor histórico e artístico inestimável e enorme valor comercial", disse a polícia.
A operação mostra como a Itália "ainda possui imensos tesouros que são alvo de escavadores e traficantes implacáveis", afirmou o comandante do esquadrão de arte dos Carabinieri, general Vincenzo Molinese.
A Itália há muito tem problemas com saques e contrabando de seu patrimônio artístico e arqueológico, mas as autoridades têm tido mais sucesso nos últimos anos em rastrear criminosos e recuperar bens roubados.
(Reportagem de Alvise Armellini)