Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - O analista Doug Anmuth, do J.P. Morgan, reiterou a designação de Principal Escolha para a Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) na sequência dos dados de gastos no e-commerce nos EUA divulgados pelo Departamento de Comércio.
Embora a inserção do comércio eletrônico tenha despencado pelo quarto trimestre consecutivo, o analista observa que as lojas online da AMZN aceleraram, na verdade, em uma base de crescimento de três anos durante o 1º trimestre.
"É provável que os obstáculos do cenário macro oriundos da desaceleração das despesa discricionárias dos consumidores em meio à inflação, às pressões na cadeia de fornecimento e à expansão da reabertura tenham um impacto sobre o crescimento do e-commerce dos EUA no 2º trimestre, especialmente na primeira metade do trimestre, e nossa modelagem prevê um crescimento semelhante de 7% em termos anuais nas vendas do comércio eletrônico dos EUA no período. Entretanto, o crescimento do segmento deve se acelerar no segundo semestre do ano com a flexibilização dos comparativos, nosso modelo considera crescimento anual pouco abaixo de 10% em 2022, bem como penetração do e-commerce dos EUA de 22,2% (alta de 136 pbs ano a ano). A longo prazo, continuamos a acreditar que a inserção pode atingir mais de 40% do total de vendas ajustadas do varejo nos EUA", disse Anmuth em relatório aos clientes.
O analista espera ver crescimento acelerado da receita e maiores margens para a Amazon à medida que os comparativos se flexibilizam e as despesas diminuem. Um pilar central da posição otimista de Anmuth em relação à Amazon é o segmento de nuvem AWS, que saiu do 1º trimestre a sua maior carteira de pedidos da história, a US$ 88,9 bilhões.
"Acreditamos que o crescimento de receitas do AWS em mais de 30% é sustentável em 2022 (estimativa do JPM é de 34%), dados os cerca de 15% de workloads e 5%-15% de gastos de TI em nuvem atualmente, embora reconheçamos que seja possível haver alguma volatilidade, já que algumas empresas suportam os custos. A publicidade da AMZN deve crescer consideravelmente com a flexibilização dos comparativos, e projetamos crescimento de 28% nas receitas de publicidade numa base anual em 2022, para US$ 39 bilhões", concluiu o analista.