Por Lisa Richwine
(Reuters) - Os jurados que avaliam as ações judiciais opostas movidas pelos ex-cônjuges Johnny Depp e Amber Heard deliberaram por horas, nesta terça-feira, sem chegar a um veredicto sobre os pedidos multimilionários de indenização por difamação.
Espera-se que o júri de sete pessoas retome s discussões na quarta-feira de manhã no Tribunal do Condado de Fairfax, no Estado norte-americano da Virgínia.
Depp, astro de 58 anos da franquia "Piratas do Caribe", processou Heard no Estado da Virgínia pedindo 50 milhões de dólares e argumentando que ela o difamou quando se autodenominou "uma figura pública representando o abuso doméstico" em um artigo de opinião em um jornal.
Heard, de 36, contra-atacou pedindo 100 milhões de dólares e dizendo que Depp a difamou quando seu advogado classificou suas acusações como uma "farsa".
Depp recusou ter agredido Heard ou qualquer outra mulher e disse que ela era a pessoa que havia se tornado violenta na relação.
Depp e Heard se conheceram em 2011 enquanto filmavam "Diário de um Jornalista Bêbado", e se casaram em 2015. O divórcio foi finalizado cerca de dois anos depois.
No centro da disputa legal está um texto opinativo de Heard publicado em dezembro de 2018 pelo jornal Washington Post, no qual ela faz uma declaração sobre abusos domésticos. O artigo não menciona Depp pelo nome, mas seu advogado disse aos jurados que era claro que Heard estaria se referindo ao ator.
Durante as deliberações desta terça-feira, o júri perguntou à juíza Penney Azcarate se eles deveriam considerar o artigo inteiro ou apenas o título -- "Falei contra a violência sexual – e enfrentei a ira de nossa cultura".
Azcarate disse que informaria o júri que o título era a declaração que deveria ser considerada para chegar ao veredicto.