(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar duramente nesta segunda-feira a guerra na Faixa de Gaza, afirmando que "não é humanamente possível" aceitar essa situação.
"Quero dizer para vocês que não é possível aceitar o que está acontecendo", disse o presidente durante almoço com um grupo de repatriados que chegaram sábado de Gaza. "Não é possível tanta morte de mulheres, de tantas crianças, a destruição de todo patrimônio que foi construído pelo povo palestino."
Os bombardeios israelenses em Gaza desde outubro causaram a morte de quase 20.700 pessoas e deixaram feridas mais de 54 mil, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza nesta segunda-feira.
As ações israelenses são uma resposta ao ataque de militantes do Hamas, grupo palestino que governa a Faixa de Gaza, no dia 7 de outubro no sul de Israel, quando mataram 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns, segundo autoridades israelenses.
As forças militares israelenses dizem que procuram evitar as mortes de civis, mas cada vez mais crescem as pressões internacionais para que Israel mude sua estratégia atual na guerra.
Lula disse também que "é preciso urgentemente liberar todos os reféns". Parte dos reféns já foi liberada durante uma breve trégua negociada.
"Há muito tempo defendo a criação de um Estado palestino e continuamos brigando na ONU para que seja construído o Estado palestino e que os dois povos possam viver em paz", disse Lula.
O presidente voltou a oferecer a ajuda de seu governo para outras pessoas que estejam em Gaza e queiram retornar ao Brasil.
"Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para ir buscá-los", disse.
(Redação São Paulo)