Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 42,8% das intenções de voto na corrida ao Palácio do Planalto no próximo ano, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 25,6%, e pelo ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), com 8,9%, segundo pesquisa CNT, em parceria com o Instituto MDA, divulgada nesta quinta-feira.
Na sondagem, realizada de 9 a 11 de dezembro, Lula e Bolsonaro oscilaram dentro da margem de erro na comparação com a pesquisa de julho, quando eles tinham, respectivamente, 41,3% e 25,6%.
Moro, que entrou recentemente para o Podemos de olho na eleição presidencial, cresceu 3 pontos percentuais no período. Ele se descolou do chamado pelotão da terceira via, embora com índices distantes de Lula e Bolsonaro.
Em quarto lugar, conforme a pesquisa, aparece o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 4,9%, oscilação negativa de 1 ponto percentual em relação à sondagem de julho. Oficializado candidato do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, registrou 1,8% em dezembro. Os demais nomes, como Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe D'Ávila (Novo), tiveram menos de 1% das intenções de voto.
Em simulações de segundo turno, Lula vence todos os adversários. O petista tem 52,7% das intenções contra Bolsonaro, que alcança 31,4%; Lula tem 50,7% contra Moro, que contabiliza 27,4%.
TETO DE VOTO
A pesquisa também questionou o limite de votos dos candidatos. Ao todo, 59,2% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro na disputa de 2022; outros 22,3% afirmaram que votariam nele com certeza; e 14,8% poderiam votar nele.
Em comparação, 40,5% afirmaram que não votariam em Lula de jeito nenhum; 40% disseram que votariam nele com certeza; e outros 15,7% poderiam votar nele.
Apesar da melhora na pesquisa ante o levantamento anterior, Moro registra 52,7% dos entrevistados que não votariam nele de jeito nenhum; 5,9% que votariam nele com certeza; e 31,1% que poderiam votar nele.
A pesquisa fez 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 unidades da federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.