(Reuters) - O governo brasileiro disse nesta sexta-feira que o presidente da França, Emmanuel Macron, aceitou um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e visitará o Brasil no primeiro semestre de 2024.
O anúncio foi feito após um telefonema entre os dois presidentes, no qual eles discutiram a crise no Oriente Médio, concordando que Brasil e França continuarão a buscar maneiras de promover a paz na região, disse o governo brasileiro em comunicado.
“Os dois presidentes concordaram sobre a necessidade de libertação imediata dos reféns pelo Hamas e sobre o terrível impacto do conflito nas crianças palestinas e israelenses”, afirmou o Palácio do Planalto em nota.
"Manifestaram preocupação com os riscos de escalada do conflito".
A França votou no início desta semana a favor de uma resolução elaborada pelo Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pedia tréguas humanitárias no conflito entre Israel e militantes palestinos do Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
A resolução, porém, acabou vetada pelos Estados Unidos.
Os líderes também discutiram o acordo alcançado entre o governo da Venezuela e os partidos da oposição para as eleições de 2024, que levou os Estados Unidos a aliviarem amplamente as sanções ao setor petrolífero venezuelano.
“Ambos os presidentes também demonstraram satisfação com o acordo”, disse o Planalto
Lula e Macron reuniram-se em julho, em Bruxelas, com o governo venezuelano e a oposição para discutir as próximas eleições no país. Os presidentes da Argentina e da Colômbia também participaram.
(Reportagem de Gabriel Araújo, em São Paulo)