BERLIM (Reuters) - A maioria dos governos dos 90 países participantes da Olimpíada de Inverno de Pequim de 2022 não optou por se unir a um boicote diplomático do evento, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
Os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália estão entre os países que anunciaram recentemente um boicote diplomático aos Jogos de 4 a 20 de fevereiro em Pequim devido ao histórico de direitos humanos da China, uma atitude que o governo chinês qualificou como "postura política".
Na União Europeia, países como a França buscam uma reação comum do bloco, mas este está dividido a respeito de um endosso ao boicote diplomático, temendo uma retaliação chinesa que prejudicaria o comércio.
"Há países, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália, que tomaram esta decisão", disse Bach à emissora alemã ZDF na noite de terça-feira.
"Vários outros países, e não somente vários, se considerarmos que haverá 90 Comitês Olímpicos Nacionais (NOC) presente aos Jogos, provavelmente há mais de 70 ou até mais de 80 NOCs cujos governos não fizeram tais comunicados."
"Mas todos eles têm uma coisa em comum e isto é que apoiam suas equipes olímpicas... para que seus atletas possam viver seus sonhos olímpicos", disse Bach.
Grupos de direitos humanos criticam o COI há tempos por ter concedido a sede dos Jogos à China pela segunda vez, já que as condições dos direitos humanos não melhoraram após a Olimpíada de Verão de Pequim de 2008.
(Por Karolos Grohmann)