Por Senad Karaahmetovic
O Wall Street Journal informou ontem que a Meta Platforms (NASDAQ:META) (BVMF:M1TA34) pode cortar custos em 10% ou mais nos próximos meses. Essa redução de despesas deve provocar reorganizações internas e cortes de postos de trabalho redundantes.
A Meta registrou um aumento de 22% a/a nos custos, alcançando mais de US$ 20 bilhões no segundo trimestre, diante do acirramento da disputa pelos melhores talentos. O diretor-geral de produto, Chris Cox, disse aos colaboradores que a companhia está “em um momento sério e enfrenta fortes ventos contrários”.
“Precisamos ter uma execução impecável, em um ambiente de crescimento mais lento, em que as equipes não devem esperar grandes entradas de novos engenheiros e orçamentos”.
Um analista do Morgan Stanley (NYSE:MS) estima que a META pode elevar seu LPA para quase US$ 11 em 2023 se os cortes forem confirmados.
“Estimamos que uma redução de 10% nas despesas operacionais da taxa de execução do 2T:22 de ~ US$ 18,5 bilhões (excluindo D&A) implicaria uma economia anual de ~ US$ 5 bilhões de OpEx em 2023…. Supondo que nossa estimativa de receita para 2023 não seja alterada (aproximadamente US$ 126 bilhões, +7% de crescimento a/a) e aplicando uma redução de custo de 10% – resultando em US$ 77,2 bilhões em OpExex Total D&A) – leva a US$ 48,6 bilhões/US$ 36,7 bilhões de EBITDA/EBIT '23 (aumento de 11%/16%). Por fim, vemos um aumento do LPA GAAP de 2023 de ~10% neste cenário para US$ 10,85 de US$ 9,90”, explicou ele em uma nota aos clientes.
A confirmação da reportagem do WSJ, bem como o esclarecimento maior da receita, o engajamento/tempo gasto e monetização do Reels, são vistos como os principais catalisadores do 3º tri para a melhora da classificação da META.
As ações da Meta fecharam o pregão de ontem a US$ 142,12.