RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um miliciano que foi confundido com um dos três médicos assassinados no início deste mês em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi preso nesta terça-feira, informaram fontes ligadas às investigações.
O miliciano Taillon Barbosa foi preso na zona oeste da cidade, segundo as fontes. O pai dele, Dalmir Barbosa, também foi preso na mesma operação.
Três pessoas que estavam com Taillon, que seriam seguranças dele, também foram detidos na operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio.
“Um dos alvos foi preso na Avenida Abelardo Bueno, no momento em que saía de um prédio comercial acompanhado de três homens armados que faziam a sua segurança: dois policiais militares da ativa e um militar do Exército, da reserva”, informou a PF em nota.
Taillon atua na liderança de uma milícia na favela Rio das Pedras na zona oeste do Rio. A Reuters não conseguiu contato com a defesa de Taillon.
Ele chegou a ser preso em 2020 e condenado a mais de 8 anos de prisão mas obteve progressão de pena este ano.
Segundo a polícia do Rio, Taillon era o alvo de bandidos que executaram três médicos que estavam em um quiosque na orla da praia da Barra no início deste mês.
Um dos médicos, ainda segundo a polícia, era fisicamente parecido com Taillon. No dia seguinte ao crime, suspeitos de participarem da execução dos médicos foram encontrados mortos na zona oeste.
Após o crime, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a PF participasse das investigações junto com as forças de segurança fluminenses.
Os médicos vieram ao Rio para participar de um congresso internacional de ortopedia.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)